Caro leitor e cara leitora,

Você já passou por essa experiência?

Não lembro se já comentei no mundo virtual, mas eu amo ler (e reler) os clássicos da literatura, e a personagem Alice, de Lewis Carroll, tem um espaço reservado no meu coração.

Sempre acontece algo de estranho e espetacular em mim quando releio “Alice no País das Maravilhas”. Fico com os pensamentos desorientados… Os leitores da obra entenderão meu estado emocional.

Hoje, aviso, quem vai mandar no pedaço é Alice.

Continue com a leitura…

Quem é Alice? Como escrever bem com Lewis Carroll

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Alice tem características marcantes: curiosa, esperta e engraçada. É o que aponta a cena inicial (spoiler à vista).

Essa garotinha não parava quieta, e quando ver um Coelho Branco com olhos vermelhos a passar por ela, correu no campo atrás dele.

A intenção da irmã foi por água abaixo: manter Alice por perto. Mas Alice estava entediada. Por uma ou duas vezes tinha espiado para o livro que a irmã estava a ler, mas não tinha figuras ou diálogos.

E, assim, Alice seguiu o coelho, caiu no buraco mais fundo do mundo… PUMBA!

Perdeu o coelho, encolheu, chorou, cresceu, encontrou o coelho novamente, correu, encontrou e perdeu o Gato Cheshire umas três vezes, acatou e desacatou ordens da Rainha…

A história é maluca e engraçada, tal como eu adoro.

Alice passou a história a correr atrás do Coelho Branco que vive entrando e saindo de cena.

A trama é perfeita, e o leitor não tira os olhos da história.

As histórias funcionam por meio de vários elementos embutidos. Logo, o storytelling merece destaque numa comunicação. Apostar nesse recurso para o engajamento é a melhor escolha.

Uma ótima pedida é fazer a sua história – storytelling- com inclinação para o acrônimo AIDA, pois a intenção aqui é despertar atenção, interesse, desejo e ação do potencial cliente para às vias de fato: comprar.

Lewis Carroll, como um excelente escritor, instiga o leitor a ficar colado das páginas do livro ao despertar o gatilho mental da curiosidade.

Neste cenário, evidenciei 6 elementos usadas por Lewis Caroll, no conto “Alice no País das Maravilhas” para você adotar na sua escrita com o intuito de escrever bem.

Vamos aos elementos?

1 – Cliffhangers: “à beira do precipício”

“Perante ela estava uma outra passagem longa, e o Coelho Branco ainda estava à vista, correndo apressadamente. Estava mesmo a alcança-lo, mas quando dobrou a esquina, já não conseguia ver o Coelho” (Alice no País das Maravilhas, Lewis Caroll).

Um conceito simples de cliffhangers: um personagem está entre a cruz e a espada, e a cena é interrompida exatamente quando a história está no ápice do suspense.

O que resta para a audiência? Esperar, é claro.

A razão para usar essa técnica é simples: despertar a curiosidade do leitor e mantê-lo na leitura até a última página.

Uma sugestão para lembrar uma situação com estas características é só assistir, hoje, um capítulo de uma novela ou uma série na Netflix. Lá você sentirá rapidinho o drama e a ansiedade.

Mas, como usar essa técnica na escrita? Você deve estar se perguntando.

Não se desespere, passo a explicar nas próximas linhas.

Para ficar mais poderoso use o cliffhangers juntamente com outro elemento: Loop.

Loop, são lacunas deixadas no meio da história para um posterior fechamento.

Você começa tratando de um assunto, não finaliza este assunto, depois entra em cena com outro assunto.

Compliquei? Melhor ver o exemplo:

Espere, voltarei a esse assunto em dois segundos, mas antes…

Percebeu? Aposto que você não notou, mas a frase “Espere, voltarei a este assunto em dois segundos, mas antes… “ é um exemplo de loop.

Comecei com um determinado assunto, no auge do assunto mudei a conversa para outra direção.

Para facilitar darei outros exemplos:

  • Logo adiante respondo esta questão
  • No parágrafo X você entenderá o motivo
  • No próximo artigo continuo com a história

Desse modo, além da curiosidade que você despertará no seu leitor, deixando-o “louco” para saber o desfecho da narrativa, o mistério e o suspense mostram também a sua eficácia.

2 – Mistério e suspense: indispensáveis

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O livro “Alice no país das Maravilhas” é cheio de mistério e suspense…

Mas atenção: estou referenciado a obra original, não obras adaptadas.

Aliás, sempre que eu referenciar livros no blog Empreender Pra quê?, sem exceção, todos são obras originais.

Portanto, use o mistério e o suspense na sua escrita para escrever melhor: o leitor adorará sentir o frio subindo pela espinha.

3 – Medo: use sem piedade

– A rainha! A rainha! Vou ser executado, tão certo como furões serem furões! Onde poderei tê-las deixado? (Alice no País das Maravilhas, Lewis Caroll).

Não tenha compaixão do seu personagem. Faça ele viver os piores tormentos. Não deixe ele em paz nem mesmo quando estiver dormindo.

Injete pesadelos no sonho dele.

O objetivo deste elemento? É fazer o personagem enfrentar os seus medos para sair mais fortalecido e melhor de uma determinada situação.

É a jornada do herói em ação e transformação. Sair de um nível mediano de aprendizado para um nível para elevado.

4 – Ritmo: faz sentido mantê-lo

Imagina você conversando com um grande amigo em momentos distintos.

Cena 1 – Você está atormentado.

Cena 2 – Você está feliz.

Agora responde: o seu tom de voz na primeira cena é igual ao tom de voz da segunda cena? Claro que não!

Do mesmo modo são as histórias, há uma lógica (ou uma dança) de ritmos em toda narrativa (suave, tensa, agitada, suave…sempre em compasso até o desfecho final).

5 – Metáforas: torne seu texto atrativo

– Que sentimento estranho! – disse Alice.

– Parece que me estou a fechar como um telescópio (Alice no País das Maravilhas, Lewis Caroll).

Quer chamar atenção do leitor e mantê-lo colado na sua escrita? Então, não deixe de lado a metáfora.

É um recurso estilístico muito eficaz para prender à atenção da audiência. Além de embelezar e valorizar sua escrita.

Vamos ao exemplo?

Sentido literal: Alice sentou no chão e chorou.

Sentido metafórico: Alice continuou sentada, vertendo oceanos de lágrimas até formar uma grande poça à sua volta.

Sentiu a doçura e a harmonia das palavras? Você percebeu como a leitura no sentido metafórico soou melhor?

6 – Brinque…Com o quê? Com as palavras, é claro

Pode parecer piada, mas é isso mesmo que você leu.

A escrita das suas palavras pode ser uma diversão. Veja na perspectiva de uma terapia.

Escreva como se estivesse conversando com um amigo ou uma amiga, alguém que você tenha intimidade.

Encare a folha em branco e a caneta (ou seria o computador?) exatamente desse modo, íntimo.

O início é dolorido, depois o calo cicatriza (quando cicatrizar você estará preparado) restando apenas uma narrativa confortável e divertida.

E, por fim, escreva!

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Mãos à obra – literalmente esse provérbio nunca coube tão bem.

Agora que você conhece os 6 elementos para usar na sua escrita, comece a escrever hoje mesmo.

Lembre-se, você só aprende andar de bicicleta andando, você só aprende a cozinhar cozinhando, você só aprende a jogar bola jogando, você só aprende a desenhar desenhando, você só aprende a escrever bem escrevendo e lendo (Exagerei? Bom, você entendeu).

Compartilha com seus amigos este artigo, ele pode ajudar alguém que precisa, desesperadamente, desenferrujar a caneta.

Ah, e não esquece de comentar o que você mais gostou, vou adorar saber.

Esse artigo foi escrito por Karla Haydê, autora do Empreender Pra Quê?, cidadã do mundo (com o pé no Maranhão e outro no Piauí). Gosto de histórias, marketing digital e literatura.

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Sobre o Autor

Wilker Costa
Wilker Costa

Formado em computação e apaixonado por empreendedorismo. Desde cedo buscando sempre inovar e trazer as melhores soluções para seus clientes. Escreve regularmente sobre marketing digital e acredita que esse é o caminho para a liberdade financeira e para a construção de uma sociedade mais empreendedora!

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